Somos todos Maju?!

Maria Júlia Coutinho, ou simplesmente Maju Coutinho, esse é o nome da famosa “moça do tempo” do Jornal Nacional. E que, infelizmente, foi alvo de críticas desconstrutivas e racistas em uma rede social, pelo simples fato de estar exercendo sua profissão. A pergunta que não quer calar é, até onde esta intolerância irá chegar?

Como já diziam alguns pensadores, até para criticar é necessário ter algum tipo de conhecimento, este que não é notado em nenhum daqueles que difamaram, publicamente, nossa querida repórter. Percebe-se tal fato na passagem em que um dos indivíduos disse que Maju só chegou onde está graças às cotas. Ironicamente a universidade Cásper Líbero, onde a repórter concluiu seu bacharelado em jornalismo, não possui este tipo de benefício; e mesmo que possuísse, não seriam elas que abririam tantas vagas de emprego como Maju conseguiu. Outras injúrias e calúnias também foram aplicadas à ela, mas nada melhor do que responder com um simples ” beijinho no ombro”, como ela o fez.

Fatos como este vêm aumentando cada vez mais, tanto que houve um grande número de casos no último ano (2014), no mundo do futebol. Com isso, algumas pessoas se mobilizam, ou fazem uma jogada de marketing, para mostrar que somos todos iguais, seja como macacos ou como Maju.

Não, felizmente não somos todos iguais, e é isto que nos torna especiais,as diferenças. Principalmente o Brasil que apresenta uma considerável diversidade étnica, desde a sua colonização. Logo, é visto que não devemos mostrar que somos todos iguais, e sim que somos mesmo diferentes, mas mesmo assim o respeito prevalece em todas as relações.

E por fim, graças a estes abomináveis comentários sobre a mulher das previsões do tempo, esta tornou-se mais forte graças a legião de fãs que conquistou, e pela coragem de encarar esse tipo de problema. A mídia beneficiou-se financeiramente, através de alguns milhares de visualizações em seus vídeos, e o consequente aumento na audiência, pelos que querem conhecer esta linda mulher, tão amada, que acabou sendo invejada. Enfim, todos se beneficiaram, com exceção dos comentaristas inconvenientes que irão responder por um longo e merecido processo. Que isto sirva de lição, antes que alguém confunda a liberdade de expressão com a injúria.

2 comentários sobre “Somos todos Maju?!

  1. Um dos problemas mais antigos que o Brasil carrega em sua história é a intolerância às diferenças humanitárias, o que não deveria acontecer pois é uma das nações mais, se não a mais, diversificada que se tem no mundo. Entretanto, essa intolerância não se passa de preconceito puro na sua forma mais alienada. Há aqueles que acreditam que pelo fato de que estiveram uma vez escravizados, os mestiços e negros não podem ou devem, necessáriamente, subir no patamar da vida e do sucesso. Uma visão errônica, sem dúvidas.

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